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Veja como contornar o problema que abala muitos casamentos

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Um em cada cinco divórcios nos países ocidentais é motivado pela falta de interesse sexual do marido pela mulher. Se o problema é especificamente disfunção erétil, 24% dos homens se sentem culpados pela impossibilidade de dar prazer à parceira, enquanto 20% das mulheres acreditam que, de alguma maneira, aquilo é culpa delas.

Os números foram apresentados pelo urologista Sidney Glina no 21º Congresso da Associação Mundial pela Saúde Sexual, que aconteceu em Porto Alegre de 21 a 24 de setembro, e dão força a uma desconfiança antiga: o sexo é, sim, parte muito importante de um relacionamento. “Claro que existem fatores psicológicos envolvidos, mas se um homem mantém relações sexuais com a mesma mulher três vezes por semana, as chances de evitar falhar na cama são muito maiores”, afirmou.

Estudos e estatísticas são muito interessantes quando analisados de longe, mas e se o problema estiver acontecendo no seu quarto? Simplesmente sentir-se culpada ou partir para o divórcio não são as melhores opções para a maioria das mulheres.

Uma das saídas é procurar terapia para casais. “Se o homem não quer fazer sexo com a esposa porque não consegue uma ereção, seja por motivos físicos ou psicológicos, isso obviamente incomoda os dois. O problema afeta o casal. Logo, o casal tem que ser tratado em conjunto”, disse, no mesmo painel do Congresso, o psicoterapeuta Oswaldo M. Rodrigues Jr. De acordo com sua experiência clínica de quase 30 anos, ele percebe que os resultados são mais rápidos e eficazes dessa maneira.

Segredos revelados em território neutro

Quando a questão é psicológica, a maior vantagem da terapia de casal é a liberdade que o homem sente para ser sincero sobre o que está acontecendo. “Já aconteceu várias vezes de o marido abrir a sessão, de surpresa, dizendo ‘Doutor, explique para ela que é normal eu querer me vestir de mulher na hora de transar?’”, contou Rodrigues. “Na hora, pode ser um tremendo choque para a mulher, mas ele merece crédito, se sentiu à vontade no que considerou um ambiente neutro. Ela jamais conseguiria uma revelação dessa em casa”.

Cabeça aberta, nesses momentos, é essencial. Segundo o psicoterapeuta, “a expressão sexual é muito mais diversa do que se imagina. Há homens, por exemplo, que só conseguem uma ereção se sentirem o cheiro dos pés da mulher, são podólatras. Se a mulher quer ficar com aquele parceiro, precisa estar disposta a entendê-lo”. O papel do profissional é justamente auxiliar nessa ponte entre o status “normal” em que ela se encontrava e a satisfação futura da vontade do outro.

Questões físicas

Nem sempre haverá um grande segredo por trás da falta de desempenho sexual masculina. A disfunção erétil causada por problemas físicos é um problema que afeta cerca de 140 milhões de homens no mundo. Os motivos são variados. “As incidências mais comuns são entre homens com hipertensão, diabetes, depressão, idade avançada, obesidade e hábito de fumar”, enumerou o urologista Sidney Glina.

Nesses casos, o tratamento pontual é o caminho para a solução. E, mais uma vez, a presença da mulher faz toda a diferença. “O homem segue melhor as recomendações médicas, de dosagem de medicamentos a mudança de hábitos, se a mulher está a par do que é necessário fazer. Ela será o apoio dele ao longo do processo”, disse Rodrigues Jr.

A terapia, aqui, é aconselhada por ele para adequar as expectativas individuais: “Enquanto o problema não é solucionado, é natural que surja uma ansiedade. Ela precisa ser controlada para que o casal resista até as ereções serem possíveis novamente”.

Comunicação

Com terapia ou tratamento farmacológico, o psicoterapeuta considera imprescindível que os casais sejam transparentes nos momentos de intimidade quando o assunto for sexo. “Há necessidade de comunicação assertiva. Homens e mulheres reclamam se a parceira ou o parceiro não entendeu uma indireta de que sexo seria bem-vindo em determinado momento. Mas a outra pessoa não é obrigada. Falar diretamente ‘quero fazer sexo hoje’ é muito melhor”, recomendou.

Outra estratégia indicada por ele foi a de fazer planos conjunta e continuamente. “A cada dois anos, é legal os dois sentarem e falarem o que podem fazer juntos nos próximos 24 meses. O planejamento mantém o casal unido”, finalizou.

*Com informações do Delas.ig
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