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Tire suas dúvidas sobre a pílula do dia seguinte

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A pílula do dia seguinte é a primeira alternativa a se pensar quando o assunto urgente em questão é o esquecimento da pílula ou do preservativo, ou ainda qualquer furo na camisinha. Mas você sabe realmente em quais casos a contracepção de emergência é indicada? Por quanto tempo após uma relação sem proteção ela pode ser administrada?

Consultamos os especialistas Mario Vicente Giordano, diretor da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (RJ), e Rosa Maria Neme, diretora do Centro de Endometriose São Paulo (SP), para responder todas essas dúvidas.

Quando posso utilizar a pílula do dia seguinte?

Ela deve ser usada quando há uma urgência em se realizar contracepção, seja por relação sexual desprotegida, seja por falha no método utilizado pela mulher ou pelo homem.

Quanto tempo após a relação desprotegida devo tomá-la?

A pílula tem maior eficácia se utilizada dentro de 24 horas depois da relação sexual. No entanto, admite-se seu uso até 72 horas.

Qual é a sua eficácia?

Se utilizada nas primeiras 24 horas, o efeito ultrapassa 94%. Após as 72 horas, já cai para aproximadamente 70%.

Qual é o efeito do método no organismo?

Não se conhece ainda o exato mecanismo de ação. Estudos mostram que o hormônio utilizado, o levonorgestrel, derivado sintético do hormônio progesterona, retarda ou impede a ovulação. Ele atua no endométrio, membrana presente no interior do útero, tornando-o “impróprio” para a gravidez. Ele ainda altera a viscosidade do muco uterino, dificultando a ascensão dos espermatozóides.

Tire suas dúvidas sobre a pílula do dia seguinte

Quais são os efeitos colaterais?

Há poucos. No entanto, podem ocorrer dor e sensação de peso nas mamas, inchaço, atraso na menstruação e dor de cabeça.

Por quanto tempo ela protege a mulher de uma gravidez?

A pílula do dia seguinte não deve ser utilizada de forma habitual ou rotineira, por isso ela é considerada de emergência. A mulher deve tomar o máximo de cuidado até a próxima menstruação, pois não são raros os casos de alterações nas produções hormonais (sem prejuízo à saúde) e, por consequência, na ovulação.

Existe idade mínima para usá-la?

Não há restrição ao seu uso. A maior parte das mulheres pode utilizá-la, incluindo adolescentes e mulheres próximas à menopausa. Casos especiais devem ser informados ao seu médico para que ele possa julgar os riscos e benefícios.

Quando usada demais, a pílula perde seu efeito?

Não. Mas podem ocorrer alterações na produção hormonal e, consequentemente, mudanças na data da próxima menstruação e ovulação, deixando a mulher sem controle de seu período fértil.

Pode causar infertilidade?

Não. A mulher já pode engravidar normalmente depois da próxima menstruação. Não há relatos de infertilidade associados à pílula do dia seguinte ou ao anticoncepcional convencional, este quando utilizado de forma regular.

O uso de outro remédio pode diminuir a sua eficácia?

Como é utilizada eventualmente e por um único dia (dose única ou em duas tomadas), não costumam apresentar variações. Porém, aliá-la a antidepressivos, anticonvulsivantes e protetores gástricos pode diminuir seu efeito. Em caso de dúvida, é bom avisar o seu médico.

Quanto tempo depois é possível voltar a tomar o anticoncepcional de uso diário?

Recomenda-se iniciá-lo no primeiro dia da próxima menstruação, a fim de ter uma proteção eficaz naquele mês.

*Com informações da Revista Corpo a Corpo | Ed. 301
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