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SOLTEIRO(A): Como ser feliz depois da separação

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De repente, você está sozinha (o), depois de um longo relacionamento. Talvez ainda não se considere pronta para recomeçar com outra pessoa. Ou, pensando bem, talvez, no fundo, você esteja louca para encontrar um namorado. Seja qual for o caso, encare a situação com suavidade. “O ideal é tentar se divertir e ser feliz enquanto um novo amor não chega”, aconselha a psicóloga capixaba Lesley Xavier. A ideia é dar um tempo a si mesma para entender melhor o que quer e não cometer os mesmos erros. Para quem está de volta às pistas, a largada é dada ao deixar a insegurança de lado e resgatar o amor-próprio. Uma renovada no guarda-roupa ou retomar a academia já somam muitos pontos no quesito autoestima. Uma mãozinha de amigos ou até de uma irmã mais nova também é uma boa estratégia para se inserir novamente no mercado – ou, pelo menos, para saber onde as pessoas estão se divertindo. Sem medo de ser feliz, você vai descobrir que paquerar é como andar de bicicleta: a gente nunca esquece. Quem afirma isso é uma de nossas entrevistadas, que já está com um pezinho na categoria “comprometida”. Veja o que ela e outras mulheres que vivem a mesma situação fizeram para recuperar a prática e voltar à ativa.

Voltando a seduzir

“Sempre fui de namorar por longos períodos. Quando tinha 30 anos, casei com um empresário apenas um ano mais velho do que eu. Nosso casamento durou cinco anos. Quando me vi solteira de novo, às vezes batia um certo medo, mas em outras eu me sentia como uma adolescente deslumbrada. Curti aquele momento maravilhosamente, passei a me conhecer melhor, mas eu sabia que seria temporário. Minha intenção não era arranjar alguém, eu só queria mesmo me divertir, sair com as minhas amigas, dançar, beber, dar risada… Essas coisas de mulher solteira que há tanto tempo eu não vivenciava. Eu ia com frequência a raves com minha nova galera, pois adoro música eletrônica. Nessa fase, percebi que alguns homens se assustam com a independência das mulheres, que estão tomando a iniciativa. Mas eu, pelo menos, acho que eles gostam é das mais difíceis. E procuro agir dessa forma. Sou do tipo discreta na hora da paquera. Se tenho interesse, dou algum sinal, como um sorriso. Talvez essa seja uma das minhas armas de sedução. Há quatro meses, por iniciativa minha, eu e meu ex-marido reatamos e estamos naquela fase gostosa de namoro. Descobri no meu “ex-ex” qualidades que não encontrei nos outros carinhas que conheci desde que a gente se separou.

O pior

Chegar sozinha em algum barzinho, festa ou boate. Ai, como isso é constrangedor…

O melhor

Sentir-se autoconfiante e linda, pois é verdade que sempre nos arrumamos mais quando estamos solteiras.

Carona na balada

“No início deste ano, decidi me separar, depois de um casamento de seis anos, sem filhos. Quis curtir intensamente esse momento de independência, e encontrar outro amor não era o meu objetivo imediato. Comecei a sair com os amigos e, naturalmente, fui conhecendo outras pessoas. Mas eu também queria ficar por dentro do que estava acontecendo no mercado. Confesso que esse retorno não é nada confortável. Você simplesmente perde o jeito. Eu não sabia mais quais eram as baladas do momento. Quem me deu mais força para dar a volta por cima foi minha irmã, dez anos mais nova. Peguei carona com ela para ir a várias baladas alternativas, fazer um reconhecimento de campo e me divertir com a galera. Não acredito que eu vá encontrar o novo amor da minha vida na night. O que tenho notado é que, nessas ocasiões, a maioria dos homens estáatrás de uma aventura rápida. Por isso, presto muita atenção no papo. Se o homem se aproxima de mim na boa, com uma conversainteressante, já é meio caminho andado. Acho mais fácil encontrar alguém em lugares onde eu tenha oportunidade de conversar tranquilamente, como em reuniões na casa de amigos. Depois que me separei, comecei a reparar nas qualidades de um amigo dasantigas e resolvi investir. Parece que ele percebeu, mas ficou na dúvida. Não pensei duas vezes e parti para cima! Foi muito bacana voltar a me sentir desejada e provar a mim mesma que, depois de tantos anos naquela vidinha pacata de casada, eu ainda tinha jeito para a coisa! (risos). No momento, vivo uma “paixonite aguda”, bem adolescente, com um engenheiro de 33 anos. Estou amando reviver essa sensação da paixão, de conquista, de aguardar ansiosamente um telefonema dele, experimentar aquele friozinho gostoso na barriga ao vê-lo. Apesar de todo esse ar adolescente, é uma relação diferente, mais madura e muito intensa. Lembro que, assim que me separei, eu queria mesmo era passar um tempo sozinha, sem me apaixonar. Mas, hoje, vejo que vai ser difícil, viu? Quando alguma amiga termina uma relação de anos, eu sugiro que encare o fato de voltar ao mercado como uma fase da vida, assim como outra qualquer, sem medo ou ansiedade. Assim, a gente se diverte um bocado e ainda se redes cobre uma nova mulher, muito mais bonita e atraente. E, com isso, o novo amor sempre acaba aparecendo.

O pior

Passar o Dia dos Namorados solteira (ainda bem que é só uma vez por ano!) e ter de encarar muitas noites solitárias.

O melhor

Ter tempo para mim mesma e poder me redescobrir. Hoje, sou uma nova pessoa, bem diferente daquela que azarava um carinha alguns anos atrás, antes de me casar. Sei exatamente o que procuro num homem, essa é a diferença. Chamo isso de maturidade.

Vida retomada

“Meu primeiro casamento durou 12 anos, tivemos uma filha e foi uma relação maravilhosa. Há sete anos ocorreu a separação, dolorosa, mas necessária. Foi o início do que considero um dos melhores anos da minha vida. Comecei a sair, viajar, fazer novos amigos. Enfim, voltei a viver e com intensidade! Tinha uma vida tão repleta de trabalho e eventos sociais que, na verdade, nem sentia falta de um namorado fixo. Tempos depois, em visita à cidade onde nasci, reencontrei um amigo de infância do meu irmão. Fui jantar com ele, sem grandes expectativas, e o inesperado aconteceu. Nos casamos logo em seguida. Durante os quatro anos de casamento, eu vivi uma relação de dedicação total. Ao me separar, há dois anos, resolvi retomar minha vida, meu trabalho, meus amigos e voltei a morar no Rio com a minha filha, que hoje tem 15 anos. Eu estava afoita para arrumar outro namorado, mas com ansiedade em alta não se encontra nada legal. Aos poucos, voltei a sair com os meus amigos. Os bate-papos e as rodadas de chope na Lapa, bairro boêmio aqui do Rio, levantavam o meu astral. E cá estou eu, no mercado de novo, reaprendendo a paquerar. Porém, confesso que fiquei bem mais seletiva e até agora só me interessei realmente por um cara – mas, como ele é comprometido, não me envolvo, em hipótese alguma. Os outros homens que apareceram não tiveram uma abordagem convincente. Sou muito independente, tenho atitude, mas também gosto que abram a porta do carro para eu entrar, de receber flores e bilhetinhos carinhosos, enfim, de ser bem tratada. Depois de anos na estrada, estou mais calejada e desencanada quando o assunto é paquera. Não fico tão tímida nem me faço de rogada quando alguém me desperta a atenção. Claro que sempre é complicado voltar a se sentir segura para paquerar após anos afastada do ramo. Costumo ficar observando se o cara se interessou e, a partir daí, se eu tiver oportunidade, deixo evidente também o meu interesse. Fui aprendendo a fazer isso com o tempo. Mas não dá para aceitar qualquer situação por medo ou receio de ficar sem ninguém. Prefiro continuar sozinha, saindo e me divertindo com os caras errados, até que eu encontre o certo. Eu consigo tornar a minha solteirice sempre muito prazerosa e animada, até porque existe vida, sim, após a separação.

O pior

Ver que a maioria dos homens se comporta como caçadores, buscando mais quantidade do que qualidade. E a absoluta falta degentileza deles com a gente.

O melhor

O prazer do desconhecido, o frio na barriga quando nos interessamos por alguém e aquela pergunta que nunca se cala: “Será que hoje vou conhecer o amor da minha vida?”

Amigos cupidos

“Casei pela primeira vez com 21 anos e logo tive minha filha, hoje com 22. O casamento durou seis anos. Depois de me separar e de ter dado algumas cabeçadas por aí, conheci o Gui. Vivemos juntos dois intensos anos. Rompemos há cinco meses. No início, fiquei arrasada, mas, com o tempo, fui “colocando meu bloco na rua”. Não sou do tipo que topa qualquer coisa. Homem bonito e atraente sempre tem por aí, e os mais jovens estão cada vez mais abertos a experiências com mulheres maduras, como eu. Não precisei reaprender a paquerar: namorar é como andar de bicicleta, ninguém esquece, não! Mesmo se estivermos destreinadas, rapidinho a gente lembra e curte a nova história. Sou bem objetiva durante a paquera, não faço joguinho. Outra coisa: cuidar da aparência já garante 50% na hora da conquista. Mas beber demais e ficar com um comportamento over é deprimente. Por fim, falar mal do “falecido” para outro homem é de péssimo tom. O melhor caminho para voltar ao mercado é quando os amigos, que já nos conhecem bem, servem de cupido. Em uma balada, um amigo astuto me apresentou meu atual namorado, o André. Ele é estudante: tem só 20 anos! E é muito animado, engraçado, além de bonito, claro.

O pior

Ir às baladas e ficar com um sentimento de inadequação por só ver rostos desconhecidos e comportamentos novos.

O melhor

Sentir-se viva, reciclar-se e perceber que a gente não esqueceu como se namora.

Claudia
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