Sinte denuncia irregularidade na decisão da ilegalidade da greve

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte/PI) descobriu uma irregularidade na comunicação da ilegalidade da greve decretada pelo desembargador Sebastião Ribeiro Martins. Com a ilegalidade, o desembargador tinha estipulado multa de R$ 20 mil por dia, se os professores não retornassem ao trabalho. O advogado do Sinte/PI, Geovani Brito , utilizando-se da irregularidade na comunicação impetrou um recurso contra a decisão que decretou a ilegalidade da greve.

Os professores resolveram em assembléia manter o movimento grevista. Em greve há 75 dias, uma comissão de professores está visitando as escolas que ainda estão funcionando pressionando os colegas para paralisarem as atividades e reforçar a greve da categoria.

Para o Sinte/PI o movimento é legal, até porque não houve nenhuma comunicação de decisão judicial. O acampamento na praça da Liberdade, ao lado do Palácio de Karnak, continua. Segundo Odeni Silva, 70% das escolas aderiram à greve. Apenas 30% estaria funcionando total ou parcialmente.

“O desembargador Sebastião Martins proferiu a decisão decretando a ilegalidade do movimento. Os motivos elencados pelo desembargador no processo já eram esperados pela direção do Sinte. Mais em momento algum o magistrado deixou de enfatizar o justo motivo do movimento da categoria pelo cumprimento da lei 11.738/2008.”, argumentou a direção do Sindicato.

O Sinte convoca toda a categoria para assembleia geral que será realizada na quinta-feira (10), às 9 horas, no acampamento que os trabalhadores montaram na praça. Os professores vão discutir novas estratégias para manter o movimento grevista mais forte.

O objetivo é fazer com que o Governo pague o piso nacional de uma só vez, retroativo a toda a categoria. Eles ainda querem o retorno da regência.

Por Luciano Coelho