Serviço Geológico do Brasil emite alerta para inundação no rio Parnaíba em Luzilândia

(Foto: Reprodução/Sousa Neto)

O rio Parnaíba no município de Luzilândia (PI) está a apenas 10cm de atingir a cota de inundação. A previsão é do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). O rio alcançou 5,5 metros nesta terça-feira, dia 11/04, às 17h30. Naquela estação o rio transborda aos 5,6 metros. De acordo com o último boletim emitido pelo órgão, que é responsável pelo monitoramento das cheias na bacia do rio Parnaíba, se mantidas as condições meteorológicas de chuvas consideráveis na região norte do estado do Piauí, é possível que o nível de inundação seja alcançado nas próximas 24 horas.

Conforme o engenheiro hidrólogo da CPRM Roberto José Fernandes, responsável pelo Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Parnaíba (SAH Rio Parnaíba), os níveis do rio Poti e do rio Parnaíba estão com previsão de alta nas próximas horas. “O quadro mais crítico que possuímos hoje na bacia é o município de Luzilândia, onde o rio está em alerta desde a semana passada, portanto, solicitamos que todos os órgãos competentes continuem com as medidas adequadas de prevenção e minimização de prejuízos”, alertou.

Outra preocupação é com o aumento da vazão descarregada pela Barragem Hidroelétrica de Boa Esperança para valores da ordem de 1100 m³/s, que impacta na elevação do nível d’água do rio Parnaíba nas cidades de Barão de Grajaú-MA e Floriano-PI. “Haverá elevação, mas ainda dentro das condições de normalidade, não ensejando preocupações imediatas, com o nível chegando a valores da ordem de 558 cm, praticamente se igualando ao chamado nível de atenção.

O alerta abrange ainda a capital do Estado do Piauí. “Verificamos, ainda, uma rápida elevação do nível da água do rio Poti em Prata do Piauí, atingindo a cota 886 cm e ainda em processo de elevação, correspondendo a um aumento de 1,30 m nas últimas 24 h. Solicitamos, portanto, atenção das autoridades da cidade de Teresina/PI quanto ao reflexo de tal elevação nas próximas 12 h.

Os dados hidrológicos utilizados na previsão são provenientes da Rede Hidrometeorológica Nacional operada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), de responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA).