Professores da rede municipal farão nova paralisação de 48h

Os professores da rede municipal de ensino farão nova paralisação de advertência por 48 horas, a partir de quinta-feira (28). Eles afirmam que a prefeitura não está cumprindo o acordo feito em abril, que acabou com a greve que já durava 90 dias. Caso não seja atendido, o Sindicato ameaça não iniciar o período letivo em agosto.

“O prefeito [Elmano Férrer/PTB] não está cumprindo o que assinou em ata. O acordo prometeu diminuir a quantidade de turmas dos professores e pagar o piso para todos os servidores, incluindo os aposentados. O que sabemos é que tem aposentado que é até deficiente físico e que não recebeu o aumento”, disse o presidente do Sindiserm, Sinésio Soares.

O presidente acrescentou que não foi cumprida também a eleição para diretor das escolas municipais. “Nem mesmo o edital para essa eleição foi publicado. Além disso, foi acordada uma gratificação de R$ 150 para estímulo profissional. Foi até publicada no Diário Oficial, mas nunca foi cumprida”, afirmou.

Sinésio Soares informou que haverá uma assembleia na quinta-feira e, caso a prefeitura não receba a categoria, será proposto que o ano letivo não seja iniciado em agosto. “Vamos discutir tudo em reunião, mas por enquanto, continuaremos com as paralisações frequentes”, completou.

A Secretaria Municipal de Educação (Semec), que garantiu que a prefeitura está cumprido tudo o que foi acordado na finalização da greve, que também está de acordo com a lei federal.

“De acordo com a lei federal, os professores terão que passar mais tempo na escola. É isso que está gerando essas reivindicações. Nós entendemos que para quem mantém três empregos ficou complicado, mas um acordo tem que ser cumprido dos dois lados e agora eles não estão aceitando. Estão tentando retroagir”, argumentou a gerente de informação da Semec, Anabela Cardoso.

A assessoria de imprensa do órgão acrescentou que já tentou contato com o sindicato da categoria, mas não conseguiu marcar uma reunião. Disse ainda que o movimento está sendo realizado por uma minoria e que não é apoiado pelo Comitê de Pais e Alunos.

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