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PRF e Corpo de Bombeiros fazem alertas sobre queimadas no Piauí

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Moradores tentam apagar fogo em terreno na zona urbana de Teresina (Foto: Jussara Santa Rosa/TV Clube)

O aumento de incêndios no Piauí tem preocupado tanto a população, quanto órgãos competentes. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), somente nessas duas semanas de outubro já foram registrados 1.186 de focos de incêndio no estado, número que coloca o Piauí em quarto lugar no ranking de queimadas do país. Por isso, a Polícia Rodoviária Federal e o Corpo de Bombeiros fazem alerta de como proceder em casos de incêndio e evitar algumas condutas.

De acordo com o major José Veloso, do Corpo de Bombeiros, a recomendação principal é para que a população evite atear fogo em qualquer local. As altas temperaturas registradas no últimos meses, além da umidade relativa do ar abaixo de 20%, contribuem para a rápida propagação do fogo.

A queimada ainda é uma prática comumente adotada para limpar terrenos para o cultivo agrícola. No entanto, o fogo prejudica a biodiversidade.

“Até que a situação se estabilize, pelo menos por 10 dias não coloquem fogo em nada. Quer seja no jardim para a limpeza de folhas secas, quer seja na fossa, por conta exatamente desses perigos do fogo se alastrar e a gente não ter como atender a todos os casos.A orientação é não queimar absolutamente nada”, alertou.

Outra orientação é para pessoas que moram próximo a terrenos com vegetação alta e seca. De acordo com o major, o ideal é que seja feita uma limpeza periódicas nessas áreas, que são regiões com mais potencial de focos de queimadas. No caso de incêndio, a recomendação é retirar da residência o que der, mas sem colocar em risco a integridade física e entrar em contato com o Corpo de Bombeiros.

“Na situação que está hoje, nós temos que ter a participação da comunidade, não tem como a gente dizer que o bombeiro sozinho é capaz de dar suporte a toda essa demanda. Pedimos que a comunidade participe e ajude. O triste é que normalmente quem tem muito pouco está perdendo tudo por falta de informação”, destacou.

Rodovias

A Polícia Rodoviária Federal, também fez alertas sobre os riscos de queimadas em rodovias. O inspetor Fabrício Loiola afirmou que a recomendação é que os motoristas redobrem a atenção quando estiverem passando por locais atingidos pelo fogo.

Motoristas devem adotar cuidados ao passar por rodovias cobertas por fumaça (Foto: Patrícia Andrade/G1)

“Ao se depararem com uma nuvem de fumaça nas proximidades da via, é recomendável que os condutores parem o veículo distante do local, no acostamento ou mesmo fora da via, e acionem a PRF. A inalação da fumaça pode provocar mal estar e confusão mental nos ocupantes do veículo”, disse.

Ainda segundo o inspetor, ao trafegar sob essas condições, o condutor não deve atravessar a cortina de fumaça, mas se caso decida arriscar, o motorista deverá permanecer com o farol de luz baixa aceso, reduzir a velocidade, manter os vidros fechados, ligar o sistema de ventilação interna do veículo e seguir em frente.

“O correto é não atravessar, mas se decidir arriscar, jamais se deve parar no meio do fumaceiro pois isso pode provocar graves colisões. Diversos animais silvestres são flagrados agonizando no acostamento do leito da rodovia ou morrem atropelados ao fugir do fogo”, finalizou.

Francisca Pereira perdeu sua casa para o fogo, no Piauí (Foto: Vinicius Vainner/TV Clube)

Ministério Público cobra ações

Para o Ministério Público Estadual (MPE), falta planejamento por parte dos órgãos públicos para evitar e enfrentar os incêndios na capital e todo o Piauí. “Falta planejamento para evitar o que está acontecendo, já que todos os anos esses focos aparecem na mesma época. Então, ninguém foi pego de surpresa, essa é uma situação previsível e que tem que ser enfrentada”, disse o promotor Sávio Carvalho.

O promotor do meio ambiente afirmou que a onda de incêndios deve ser contornada de forma mais breve possível e que, passada essa etapa, o problema tem que ser enfrentado em três frentes: ambiental, de saúde pública e criminal.

“A quase totalidade das queimadas acontecem por ações humanas e existe a reponsabilidade da população. Existe a possibilidade legal de verificar esses crimes e apontar culpados. As queimadas são um problema ambiental e isso leva a problemas de saúde para a população. Tudo isso está sendo verificado pelo MP”, disse o promotor informando ainda que o Código Penal Brasileiro, em seu Art. 250, prevê pena de 3 a 6 anos de reclusão para quem causar incêndio.

Telefones úteis

193 (Corpo de Bombeiros) – para relatar ocorrência de focos de incêndio
191 (Polícia Rodoviária Federal) – para relatar acidentes e focos de incêndio em rodovias

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