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Piauienses são retirados de alojamento infestado de carrapatos em SP

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) vistoriou e encontrou irregularidades em um alojamento de trabalhadores da construção civil no bairro Gran Park, em Piracicaba (SP), nesta terça-feira (25). O local, que abriga 46 migrantes dos estados do Maranhão e do Piauí, estava superlotado, com infestação de carrapato-estrela e em condições precárias. Além disso, a equipe constatou descontos ilegais nos salários dos operários e falta da assistência necessária.

Membros do MPT passaram o dia vistoriando locais de trabalho e alojamentos em Piracicaba. Oitenta por cento das obras do Anel Viário foram paralisadas por falta de segurança e parte da construção de um shopping em Limeira também foi interditada. O trabalho contou com a presença do auditor fiscal Donald Willians e do procurador Nei Messias Vieira.

No alojamento do Gran Park havia apenas dois operários no momento da abordagem, um deles dedicando parte do expediente para atuar como zelador da casa. No local, o Centro de Controle de Zoonoses já havia identificado uma infestação de carrapato-estrela e a equipe do MPT também verificou outros problemas.

A casa tem sete quartos com banheiro e abriga operários de três obras, duas em Piracicaba e uma em Indaiatuba (SP). A superlotação foi verificada em função da média de seis trabalhadores por quarto. Havia ainda buracos de ratos nas portas e teias de aranha por toda a parte.

“O serviço de água não é encanado, um caminhão-pipa enche o depósito uma vez por semana. Precisamos analisar para saber se essa água é potável”, disse Willians. Os ocupantes do alojamento também mantinham fogareiros com botijão de gás nos quartos, o que é proibido por questões de segurança.

Ao conversar com um dos trabalhadores, a equipe descobriu que o transporte para a obra é descontado do holerite. Os operários também não possuem antecipação salarial e nem recebem a assistência exigida. “Os migrantes precisam receber todas as condições para o alojamento. Aqui não são fornecidas roupas de cama, colchões em boa condição e outras coisas”, disse Willians. A equipe ainda não identificou a empreiteira responsável pelos contratados e está no local para entrevistar os funcionários.

Com informações do G1
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