Movimento das Quebradeiras de coco fazem protesto em frente à câmara

Integrantes do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB) do Território dos Cocais, se reuniram no fim da tarde desta sexta-feira (28/06) para protestar em frente à câmara municipal de vereadores de Esperantina, enquanto acontecia uma reunião envolvendo alguns políticos naquela casa, que tratara da reforma e ampliação do mercado público da cidade.

Segundo a coordenação do grupo, o protesto faz parte da “Campanha Babaçu Livre” que é um projeto de Lei que funciona em algumas cidades do vizinho Estado do Maranhão, onde as quebradeiras de coco teriam a total liberdade colher o babaçu em terrenos fechados. A Lei garante o livre acesso aos coqueirais e proíbem o arrendamento.

Durante o manifesto, algumas quebradeiras de coco, como a Dona Francisca Rodrigues da Silva, a popular Chica Lera, coordenadora e tesoureira do MIQCB em Esperantina, reivindicaram melhorias para o extrativismo do babaçu na região dos cocais. Chica Lera, disse que o movimento está em defesa das palmeiras de babaçu e no combate ao desmatamento e na conservação do meio ambiente.

Já a jovem Aline Alencar, integrante do grupo, cobrou dos políticos que já estavam se retirando da reunião, melhorias para o extrativismo do babaçu na região dos cocais. Segundo a mesma, grandes empresas estão privatizando a região dos babaçuais, impedindo a produção e a renda das quebradeiras de coco.

De acordo com o vereador petista Luiz Ana, o referido projeto de Lei do Babaçu Livre, estrará em pauta na próxima sessão ordinária na câmara de vereadores.

Num segundo momento, o grupo (MIQCB) se reuniu no auditório da câmara para tratar do projeto com alguns vereadores esperantinenses que também participaram da audiência pública.

Uma prática comum na região de Esperantina é o arrendamento, ou seja, para que uma quebradeira possa trabalhar e ter acesso ao babaçual, muitos fazendeiros ficam com metade da produção das quebradoras de coco. Esse sistema é chamado de “meia”.