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Medicamentos são jogados à beira de rodovia em Esperantina. Veja!!!
No entulho, prescrição médica de clinica esperantinense é achada no local.
Uma grande quantidade de medicamentos foi encontrada por populares às margens da PI-213, a cerca de 6 quilômetros da sede de Esperantina. Em sua maioria, os medicamentos são de uso pediátrico adulto e de uso ginecológico, todos com data de validade vencida.
O jornalismo da RevistaAz teve acesso às fotografias retiradas do local e foi constatado a origem dos medicamentos, conforme uma folha de evolução de prescrição médica, está no nome do Hospital das Clínicas de Esperantina de natureza particular.
Procurado pela reportagem, o coordenador da Vigilância Sanitária do município, Carlitos Barros, disse à RevistaAz que a responsabilidade de todo lixo hospitalar das clínicas particulares é de obrigatoriedade das mesmas enviarem ao setor de Vigilância Sanitária do município e que não tem conhecimento desse descarte de medicamentos às margens da estrada, conforme mostrado na reportagem.
Carlito Barros explicou que para que a vigilância sanitária recolher o lixo hospitalar, é necessário um hospital, posto de saúde, ou qualquer clínica conveniada com a prefeitura, fazer o aviso prévio para que a Vigilância Sanitária se desloque ao local e recolher o lixo que é depositado em um local especial no “Lixão Controlado”, que fica situado na localidade Furna da Onça, a cerca de 4km da sede do município. “Se uma clínica não tiver convênio com a prefeitura, que é o caso da clinica citada na matéria, é de obrigação dela enviar para a vigilância sanitária, o lixo ou medicamentos vencidos, aonde é feito um laudo constatando a entrega e o recebimento do lixo e neste caso, não temos esse laudo, ou seja, não fomos informados e não temos conhecimento desse descarte de lixo na estrada”, explicou o coordenador.
O jornalismo da RevistaAz conversou com o coordenador do Hospital das Clínicas de Esperantina, o Dr. Carlos Afonso, e o mesmo afirmou não ter conhecimento desse descarte de medicamentos vencidos. Dr. Carlos explicou que todo o lixo hospitalar ou esse tipo de medicamentos, é levado para a Vigilância Sanitária do município e que o teor da denúncia poderia se tratar de uma possível sabotagem.
“O que me garante que esse lixo não foi transportado por pessoas de má índole só para prejudicar nossa Clínica? Até porque o atual local que também é chamado de lixão não tem segurança e qualquer pessoa pode entrar e sair. Há muito tempo que não temos internação e nem farmácia e só estamos funcionando com a parte ambulatória. Quando entregamos o lixo, não recebemos nenhum laudo”, explicou o médico à nossa reportagem.
“A prefeitura não tem um local correto e nem um veículo adequado para transportar esse lixo hospitalar”, exclamou o médico.
Dito por o não dito, a reportagem da RevistaAz retornou ao setor da Vigilância Sanitária que fica situado na maternidade da cidade. O coordenador levou nossa reportagem até o local do atual Lixão Controlado de Esperantina. A RevistaAz constatou que o local onde é depositado todo o lixo produzido na cidade, é fechado com cerca de arame farpado e que tem até um vigia que toma de conta do local.
O coordenador Carlito Barros, disse não tem nenhum laudo que comprove que o Hospital das Clínicas de Esperantina enviou medicamentos vencidos ou lixo hospitalar este ano de 2013. “Não temos nada que comprove que esse lixo veio para a Vigilância Sanitária e teremos que fazer uma notificação que isso não ocorra mais” reiterou.
É importante destacar que este tipo de material é altamente tóxico e, portanto, não deve seguir o mesmo caminho do lixo comum. Tratar incorretamente esses resíduos, como depositá-los em aterros comuns ou despachá-los pela rede de esgoto, pode ocasionar contaminação de solo, lençóis freáticos, lagos, rios e represas, atingindo também a fauna e flora que participam do ciclo de vida da região afetada.
Outra informação importante é de que se constatada a responsabilidade dos medicamentos vencidos da Clínica citada na reportagem, o Ministério Público poderá ser acionado e o referido hospital particular, poderá ser multado e dá muita dor de cabeça aos seus responsáveis.
Na foto acima, é o local reservado para o lixo hospitalar, disse o coordenador da Vigilância Sanitária de Esperantina, Carlito Barros.
Esta é a prescrição médica achada no meio dos medicamentos descartados às margens da PI-213 que liga Esperantina ao município de Joaquim Pires.
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