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Política

Lava Jato: PGR vai denunciar Cunha por corrupção

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Presidente da Câmara será acusado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no propinoduto da Petrobras. Também devem ser denunciados os senadores Ciro Nogueira e Fernando Collor.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai apresentar denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), entre esta quarta-feira e quinta-feira, contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por envolvimento no propinoduto montado na Petrobras. A tendência é que ele seja enquadrado nos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Além de Cunha, devem ser acusados pelo Ministério Público os senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI). As denúncias, por corrupção e lavagem de dinheiro, serão as primeiras envolvendo políticos com prerrogativa de foro. Elas são baseadas em depoimentos de delatores da Operação Lava Jato e em provas colhidas pelo Ministério Público Federal em diversas fases da investigação, entre elas as buscas em imóveis de Collor, na chamada Operação Politeia, em julho.

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Eduardo Cunha foi apontado num dos depoimentos do lobista Júlio Camargo, que representava a empresa Toyo Setal, como destinatário de 5 milhões de dólares desviados de um contrato da estatal para a compra de navios-sonda. O contrato foi firmado entre a empresa Samsung Heavy Industries e a Diretoria de Internacional da Petrobras, comandada pelo PMDB, sigla de Cunha.

Já Fernando Collor é investigado por suspeita de desviar 26 milhões de reais da empresa, dinheiro que teria sido usado para a compra de uma frota de carros de luxo.

Silêncio – Cunha disse na tarde desta quarta-feira que “não vai comentar absolutamente nada”. Ele recebeu a notícia por meio do sistema de mensagens em seu telefone celular. Fez, então, uma pequena pausa para mostrar o conteúdo à sua assessora direta, que o acompanhava, e perguntou se ela já havia lido a informação.

Logo depois de ler a mensagem, Cunha seguiu tranquilamente rumo a uma mesa no fundo do salão do restaurante da Câmara onde foi oferecido almoço a integrantes do Parlamento Latino-americano (Parlatino). Cunha sentou-se ao lado da senadora mexicana Blanca María Alcalá, presidente do Parlatino. Fez um pronunciamento breve e trocou presentes protocolares com a mexicana. Depois do almoço, o peemedebista continuou conversando com a parlamentar e foi interrompido apenas uma vez pelos cumprimentos dos deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Raul Jungmann (PPS-PE).

(Com Estadão Conteúdo)
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