Garotas agenciadas em outros estados cobravam até R$ 50 mil por programas

A Polícia encontrou na Beth Cuscuz comandas com valores elevados, de R$ 8, R$ 10 e até 50 mil pagos por clientes.

A Polícia Civil do Piauí acredita que os presos da operação “Aspásia” desencadeada na manhã desta terça-feira (14),possuem algum envolvimento com outra quadrilha que foi presa, no mês passado, acusada de clonar cartões de créditos. Na época, a Comissão Investigadora do Crime Organizado (Cico) conduziu as investigação, que foi denominada de Operação Skimming.

Para a delegada Andréia Guimarães, a ligação entre as duas operações estaria no fato das jovens que realizavam programas sexuais em Teresina serem naturais de outros estados brasileiros e vinham à capital pagando passagens áreas, a preços inferiores dos que são cobrados no mercado.

“ Elas não são de Teresina. A maioria dessas moças eram agenciadas em outros regiões do pais, principalmente, nos estados localizados na parte Sul do Brasil e trazidas para a capital. Acreditamos que elas chegavam a cidade pagando passagem de avião muito barata”, informou a delegada.

Em julho desse ano, a polícia prendeu durante a operação Operação Skimming dois identificados Madson Costa Melo e Anderson Carlos Melo Costa. Eles eram os responsáveis por oferecerem passagens aéreas com um preço bem abaixo do mercado, inclusive por meio de redes sociais, com descontos que variavam de 50 a 80 por cento do valor da tarifa cheia.

Durante a entrevista coletiva, delegada Daniela Barros, do Serviço de Operações Especiais, afirmou que as garotas cobravam entre R$ 200 e R$ 500 por programa. Apesar dos preços cobrados, há provas de que clientes pagaram valores altíssimos por um programa.

“Encontramos na Beth Cuscuz comandas com valores elevados, de R$ 8, R$ 10 e até 50 mil de clientes”, disse a delegada.