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Estrias: saiba o que realmente funciona para dar fim a essas linhas indesejáveis
Menos populares no imaginário feminino que as temidas celulites, as estrias podem sim ser consideradas um fator comprometedor, uma característica física desagradável. Em resumo, ninguém quer ter; mas às vezes elas aparecem e deixam suas marcas. Antes de partir para o tratamento é preciso esclarecer suas causas. “Elas são provenientes de um rompimento das fibras elásticas da derme, que geralmente acontece por conta de um estiramento causado por ganho de peso, gravidez, uso prolongado de corticoides ou crescimento rápido”, explica a dermatologista Denise Barcellos, do Rio de Janeiro. Além desses, outro fator é, sobretudo, determinante para a formação dessas linhas: a predisposição genética. “Algumas pessoas têm estrias mesmo com pouca distensão da pele e outras não desenvolvem nem na gravidez, quando o estiramento cutâneo é grande. Esse problema está diretamente ligado à tendência genética”, justifica a dermatologista Valéria Campos, de Jundiaí (SP).
Tipos e características diferentes
Para entender o nível de eficácia dos tratamentos é bom saber a diferença entre os tipos de estrias. A estria vermelha, que significa a fase inicial e inflamatória do problema, responde melhor aos tratamentos. “Nessa fase as células têm mais capacidade de regeneração e quando são tratadas a tempo, a melhora é de quase 100%. No estágio seguinte, que deixa as linhas arroxeadas, a melhora é de 70%”, esclarece Valéria. Segundo a médica, o laser trata todos os tipos de estria, mas as brancas, mais antigas, só reduzem de tamanho, e se tornam menos visíveis, desaparecer é praticamente impossível. “A estria vermelha tem a hemoglobina para ser o alvo da luz do laser, que ao penetrar na pele aquece os vasos sanguíneos e estimula o nascimento de fibras de colágeno. Inclusive, a estria vermelha, em alguns casos, pode até responder a tratamentos tópicos, feitos sem nenhuma tecnologia agregada”, explica Valéria.
Tratamento tópico
Aplicar hidratantes diariamente ajuda a melhorar a elasticidade da pele e reduzir o impacto de um estiramento, mas ainda não é a solução. “Nesse sentido, o ácido retinoico, manipulado ou industrializado, pode ser um grande aliado, se aplicado uma vez por dia”, acredita Denise Barcelos. Mas para tirar proveito dessa alternativa é importante saber a concentração indicada para cada caso, informação que cabe ao dermatologista dizer. “A vitamina C e o uso dos alfahidroxiacidos também são outra opção não tão eficiente, mas como causam menos efeitos colaterais e podem ser usados na gestação, têm o seu valor”, lembra Valéria Campos.
Por Isabela Leal
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