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Esperantina 92 anos: Relembre a história do Retiro da Boa Esperança

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PARABÉNS!! O município de Esperantina completa nesta data, 28/09, os 92 anos de emancipação política. Para relembrar a história do município desde o Retiro da Boa Esperança, a RevistaAz preparou o histórico municipal, extraído do Livro Aspectos Histórios de Esperantina de Valdemir Miranda que relata os aspectos históricos do município.

Aspectos históricos

A história do município de Esperantina data do século XVIII, quando chegou à margem esquerda do Rio Longá, o Capitão-Mor português Antônio Carvalho de Almeida, natural da Vila de Linhares em Portugal, filho de Belchior Gomes da Cunha e Isabel Rodrigues. Militar, veio para o Brasil na companhia de seu irmão Manoel Carvalho de Almeida, para servir à coroa portuguesa, sendo na guarnição da Bahia. Da Bahia veio para o Piauí para colonizar terras no vale do Longá, Antônio Carvalho de Almeida, que foi o primeiro habitante das terras de São Gonçalo, sendo que em 1706, passou para a margem esquerda do Rio Longá findando, nesta data, uma fazenda de gado vacum. Seu filho e herdeiro, Miguel Carvalho e Silva, trinta e três anos após a colonização da fazenda, se dirigiu ao Capitão General do Estado do Maranhão a que a província do Piauí estava subordinada, pedindo que o governador lhe concedesse a dita fazenda, situada no Sítio da Boa Esperança, em sesmaria.

O governador do Maranhão-Grão-Pará, João de Abreu Castelo Branco, em nome de sua majestade o rei de Portugal, repassou a Miguel Carvalho e Silva a dita fazenda com o Sítio da Boa Esperança, em carta de data e sesmaria a 13 de julho de 1739.

Outros colonizadores como Antônio Carvalho de Almeida e Antônio Carvalho de Castelo Branco, tendo herdado as datas: Vitórias e Tranqueira de seu tio, Pe. Thomé de Carvalho e Silva, Vigário da Mocha, também requereram do governador da província do Maranhão as datas em sesmarias e a eles foram concedidas a 13 de julho de 1739.

Miguel Carvalho e Silva era filho legítimo de Antônio Carvalho de Almeida e de sua mulher Dona Maria Eugênia de Mesquita Castelo Branco. Nasceu em Jacobina Velha, na província da Bahia e foi educado em colégio jesuíta em Salvador, recebendo uma educação esmerada. Aprendeu português, latim, geografia, física e matemática, repassando aos filhos os conhecimentos humanísticos adquiridos. Casou-se com Ana Rosa Clara Castelo Branco, e foram residir na fazenda Taboca, onde constituíram família. Entre seus descendentes, destacam-se os filhos: Leonardo de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco, antes Leonardo de Carvalho Castelo Branco, mudança feita devido à grande devoção a Nossa Senhora das Dores. Casou-se com Judite da Mãe de Deus Castelo Branco. Fundou a Fazenda Limpeza, que sucumbiu devido ao abandono de Leonardo à família, com seu envolvimento político na Guerra da Independência, na Confederação do Equador e em sua obsessão de construir o moto-contínuo.

Mariano de Carvalho Castelo Branco, tenente-coronel que fundou a Fazenda Olho d’água, foi casado com Rosa Maria Pires Ferreira. Combateu os balaios em Buriti dos Lopes.

Miguel de Carvalho Castelo Branco, grande poeta. Fundou a Fazenda Chapada da Limpeza, casou-se com sua sobrinha Rosa Maria Castelo Branco, cuja união nasceu o poeta popular Hermínio Castelo Branco.

João Antônio dos Santos, também colonizador, após tomar parte na demarcação das terras, tomou-se fazendeiro, possuidor da fazenda Tabuleiro do Urubu, onde edificou casa, currais e tanques com a finalidade de curtir couro de gado bovino.

Na época de estiagem, os fazendeiros do Sítio da Boa Esperança começaram a fazer o retiro do gado das fazendas para a margem do rio, um lugar úmido e agradável que passou a chamar-se Retiro da Boa Esperança.

Em 1830, Francisco Xavier Moreira de Carvalho construiu as duas primeiras casas de telha no povoado. E em 1843 deu inicio à construção da capela dedicada a Nossa Senhora da Boa Esperança. A capela foi concluída em 1847, por Domingos Moreira Carvalho, filho de Xavier.

Em 1849, chegam novos moradores como Leonardo Quaresma dos Santos e seu genro José Francisco de Carvalho que edificaram novas casas residenciais. Em 1859, Leonardo de Nossa Senhora das Dores traz de Lisboa a imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança para a capela. O templo e a Santa são batizados a 8 de setembro do ano de 1860 pelo Pe. Miguel Fernandes Alves, vigário da freguesia de Barras.

Nos anos seguintes, entre 1861 e 1877 chegam novos moradores que edificaram residências em terras de Nossa Senhora da Boa Esperança, entre eles: José Ribeiro Sampaio, Clarindo Lopes Castelo Branco, Manuel Bitencurt, Antônio Florêncio Ramos e Gonçalo José Leite que acentuaram o progresso com o cultivo de lavouras e a criação de gado.

No início deste século chegaram ao povoado os irmãos Lages, Manoel, Patriotino e Gervásio Lages Rebêlo que, implorando o ramo de comércio, acentuaram o progresso do povoado que pertencia ao município de Barras do Marataoã.

3.2 – Elevação à categoria de vila

O povoado Retiro da Boa Esperança foi elevado à categoria de vila pelo Decreto Lei Estadual n°970 de 25 de junho de 1920, do Interventor do Estado do Piauí, Dr. Eurípedes Clementino de Aguar. A 28 de setembro do mesmo ano, o Dr. Nilo de Morais juiz distrital de Piracuruca, instalou oficialmente a vila, dando posse aos funcionários entre pomposos festejos.

Em virtude do Decreto Lei Estadual de n° 1.279 de 26 de junho de 1931, a autonomia do município foi suprimida, sendo seu território anexado ao de Barras, até a vigência do Decreto Lei Estadual n° 1.575 de 17 de agosto de 1934, que restaurou a sua autonomia.

3.3 – Elevação à categoria de cidade

A progressista Vila da Boa Esperança foi elevada à categoria de cidade pelo Decreto Lei Estadual n° 147 de 15 de dezembro de 1938, do então governador do Estado Leônidas Castro Melo. Sua instalação ocorreu oficialmente a 1º de janeiro do ano de 1939 em sessão solene de inauguração do quadro territorial da República, para o qüinqüênio de 1939-1943. Inaugurou-se também, nesta data, a ponte de madeira sobre o riacho do Bebedouro e, à noite, ocorreu festa pomposa no Cassino Esperantino.

Pelo Decreto Lei Estadual n° 754 de 30 de dezembro de 1943, o topônimo Boa Esperança, que também era dado a outro município brasileiro, foi mudado para Esperantina, nome dado em homenagem á padroeira do município, Nossa Senhora da Boa Esperança.

3.4 – A criação do termo e da comarca

O Decreto Lei Estadual de nº 970 de 25 de junho de 1920, que elevou o Retiro da Boa Esperança a vila, criou o termo judiciário, sendo anexado à comarca de Piracuruca. Em virtude do Decreto Lei Estadual de nº 1.041 de 18 junho de 1920, seu termo judiciário voltou a pertencer a Barras, até a criação de sua comarca pelo Decreto Lei Estadual nº 1400 de 24 de janeiro de 1937, quando Boa Esperança passou o termo judiciário independente.

3.5 – Intendentes e prefeitos de Esperantina

Criada a vila de Boa Esperança em 1920 foram intendente e prefeitos de Esperantina:

01º – Manoel Lages Rebêlo (1921 – 1924)
02º – Manoel Lages Rebêlo (1925 – 1928)
03º – José Fortes Castelo Branco (1929 – 1930)

Com a extinção do cargo de intendentes foram nomeados prefeitos:

01º – Manoel Lages Rebêlo (09.10.1930 – 31.05.1931)
02º – José Felipe de Madeira Campos (01.06.1931 – 01.07.1931)
03º – Manoel Carvalho Ramos (18.09.1934 – 26.03.1936)
04º – Antonio Diniz Chaves (27.03.1936 – 10.11.1937)
05º – Antonio Diniz Chaves (01.12.1937 – 23.11.1945)
06º – Gonçalo Furtado Filho (24.11.1945 – 23.12.1945)
07º – Manoe1 Lages Rebêlo (24.l2.l945 – 23.12.l945)
08º – Edson Rebêlo de Carvalho (23.03.1943 – 11.05.1947)
09º – Wager de Sousa Campos (12.05.1947 – 27.01.1948)
10º – Claudemira Regina de Carvalho Fortes (28.01.1948 – 08.02.1948)
11º Francisco de Sousa Fortes (09.02.1948 – 20.04.1948)

Prefeitos eleitos em pleito popular:

12º – Joaquim Batista Amorim (21.04.1948 – 31.01.1951)
13º – José Nogueira da Aguiar (1.02.1951 – 30.01.1959)
14º – Harmi1ton de Melo Rebêlo (31.0l.1955 – 30.01.1959)
15º – Antônio Diniz Chaves (31.01.1959 – 30.01.1963)
16º – José Patriotino Rebêlo (31.01.1963 – 30.01.1967)
17º – Edson Rebêlo de Carvalho (31.01.1967 – 30.01.1971)
18º – Luís Gonzaga Rebêlo (31.01.1971 – 30.01.1973)
19º – Zoraide Fernandes de Carvalho (31.01.1973 – 31.01.1977)
20º – Francisco das Chagas Rebêlo (01.02.1977 – 31.12.1982)
21º – Manoel Lages Filho (01.01.1983 – 31.12.1988)
22º – Joe Alves de Alcântara (01.01.1989 – 31.12.1992)
23º – José Ivaldo Franco (01.1993 – 31.12.1996)
24º – Francisco das Chagas Rebêlo (01.01.1997 – 20.02.2000)
25º – Alfredo Castro Filho – PMDB  (10.03.2000 – 31.12.2000)
26º – José Ivaldo Franco – PSDB (01.2001 – 31.12.2004)
27º – Antônio Felipe Santolia Rodrigues – DEM (01.2005 – 30.10.2008)
28º – Joe Alves de Alcântara (30.10.2008 a 31.12.2008)
29º – Francisco Antônio de Sousa Filho – PT (01.01.2009 – 13.04.2011)

30º- Jânio Ferreira de Aguiar – PSB  (13-04-2011 – 28.05.2011)

29º – Francisco Antônio de Sousa Filho – PT (28.05.2011 – 31.12.2012)

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