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Emprego na indústria brasileira deve fechar 2012 em queda, segundo IBGE

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O emprego na indústria brasileira acompanhou a fraqueza da produção no setor e ficou estável em novembro na comparação com o mês anterior, caminhando para a primeira queda em um ano desde 2009. Em relação a novembro de 2011, houve queda de 1%, a décima quarta consecutiva na comparação anual, mas a menos acentuada desde fevereiro de 2012, quando foi de 0,8%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

O emprego industrial acumulou nos 11 primeiros meses do ano um recuo de 1,4% na comparação com igual período de 2011. No acumulado dos últimos 12 meses teve perda de 1,3% em novembro passado.

Em 2009 o emprego na indústria caiu 5%, passando para um crescimento de 3,4% em 2010. O ano seguinte ainda mostrou resultado positivo, mas a expansão foi de apenas 1%.

– O mercado de trabalho reflete o comportamento mais moderado da produção nos últimos meses. A queda só é menor do que a produção porque é preciso avaliar o custo de demissão, custo de treinar um trabalhador depois e possibilidade de melhora – explicou o economista do IBGE André Macedo.

Considerada uma das causas para a fraqueza da economia no ano passado, em novembro, a produção da indústria caiu 0,6% frente a outubro, pressionada pela desaceleração na fabricação de automóveis e da indústria extrativa.

São Paulo e Nordeste

Macedo destacou ainda que São Paulo lidera a queda acumulada no ano com perda de 2,8%, em meio aos problemas vistos em alguns setores como concorrência de importados ou dificuldade de colocação de produtos no exterior. “O mercado acompanha o menor dinamismo de São Paulo na produção em setores como têxtil, vestuário, calçados, material eletrônico e outros”, disse Macedo.

Na comparação com novembro de 2011, o contingente de trabalhadores sofreu redução em 10 das 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo veio da região Nordeste, com queda de 4,0%, pressionado pelas taxas negativas em 12 dos 18 setores pesquisados, com a maior dela em refino de petróleo e produção de álcool (-21,0%).

Horas pagas

O IBGE também informou que o número de horas pagas caiu 0,2% em novembro em relação ao mês anterior, após alta de 1,1% registrada em outubro. Na comparação com novembro de 2011, o número de horas pagas recuou 0,9%, registrando a décima quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, embora a menos intensa desde fevereiro de 2012 (-0,8%).

No acumulado dos últimos 12 meses, o número de horas pagas mostrou queda de 1,9% em novembro, ante queda de 2% em outubro. Por sua vez o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria em novembro subiu 7,8% em relação ao mês anterior, após avançar 0,4% em outubro.

Na comparação com novembro de 2011, o valor da folha de pagamento real cresceu 10,3% em novembro, trigésimo quinto resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde julho de 2010 (10,8%).

*Com Reuters – de São Paulo
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