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Esperantina - PI

Caso Anna Kerolayne: inquérito conclui que mãe e padrasto foram responsáveis pela morte da criança

Investigação concluiu que a vítima era submetida a constantes episódios de tortura e foi morta de forma cruel pelo casal

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A Polícia Civil do Piauí concluiu o inquérito que investigava o assassinato de Anna Kerolayne Gomes Nunes, de 3 anos de idade, e indiciou, nesta terça-feira (02.jul), a mãe e o padrasto como responsáveis pela morte da criança, na cidade de Esperantina (PI). O casal, identificado pelas iniciais M.K.N. O. e F.S.R., foi indiciado pelos crimes de tortura e feminicídio qualificados pela tortura, no contexto de violência doméstica e familiar.

Caso Anna Kerolayne: inquérito conclui que mãe e padrasto foram responsáveis pela morte da criança

As investigações, conduzidas pela delegada Polyana Oliveira, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis (DEAMGV), Seccional de Esperantina, revelaram um cenário terrível: desde que se mudou para Esperantina (PI) no início de 2024, para morar com a genitora e o padrasto, a pequena Anna Kerolayne era submetida a constantes sessões de tortura.

Anna Kerolayne Gomes Nunes

Conforme a delegada, foi comprovado que, no dia 14 de abril, o casal, de forma cruel, causou a morte da menor, mediante tortura. A menina foi internada no dia seguinte, com graves lesões corporais e teve a morte encefálica declarada sete dias depois. Com o inquérito policial concluído, a delegada representou pela conversão da prisão temporária dos indiciados para prisão preventiva.

Entenda o caso

No dia 15 de abril de 2024, o Serviço de Assistência Social do Hospital Júlio Hartman, da cidade de Esperantina, comunicou ao Conselho Tutelar sobre um suposto crime de maus-tratos após a criança de 3 anos de idade, identificada como Ana Karoline Gomes Nunes, dar entrada no hospital com a clavícula quebrada e manchas escuras pelo corpo. A menor foi transferida em estado grave para o Hospital Universitário de Teresina (HUT), onde estava internada na UTI, tendo sua morte encefálica declarada sete dias depois, no dia 22 de abril.

A mãe e o padrastro, identificados como M.K.N. de O. e F.S.R., foram presos por mandado de prisão temporária, no dia 22 de abril, logo após a morte da criança.

A genitora, o padrasto da menor e outros familiares foram ouvidos pela Polícia Civil. Conforme os depoimentos, a mãe e a tia da criança deram declarações contraditórias e elas tentaram ocultar a existência do padrasto. A mãe disse inicialmente que não convivia com ninguém, que não tinha companheiro, que não possuía nenhum relacionamento. No entanto, a investigação policial constatou a existência da figura paterna, inclusive, o padrasto possui antecedentes criminais de delitos contra o patrimônio, como roubo.

A família residia na região do Bairro Bezerrão. O caso causou revolta no município e virou assunto na imprensa estadual, após reportagens publicadas inicialmente pelo portal RevistaAZ.


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