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Esperantina - PI

Caso Anna Kerolayne: mãe tentou esconder a existência do padrasto, diz polícia

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A Polícia Civil segue nas investigações sobre o assassinato da criança Anna Kerolayne Gomes Nunes, de 3 anos, que teve a morte encefálica declarada pelo HUT nessa segunda-feira (22.abr), após dar entrada com lesões graves e marcas de agressão física, no dia 15 de abril.

A mãe e o padrasto, identificados como M.K.N. de O. e F.S.R., foram presos nessa segunda (22.abr), na cidade de Esperantina, por mandado de prisão temporária e são investigados por crime de homicídio qualificado pela tortura e em contexto de violência doméstica e familiar.

Segundo a polícia, a mãe e a tia da criança deram declarações contraditórias durante os depoimentos e elas tentaram ocultar a existência do padrasto. A mãe disse inicialmente que não convivia com ninguém, que não tinha companheiro, que não possuía nenhum relacionamento. No entanto, a investigação policial constatou a existência da figura paterna, inclusive, o padrasto possui antecedentes criminais de delitos contra o patrimônio, como roubo.

Agora, a polícia tenta desvendar qual participação da mãe no crime: se ela teria agredido a filha de alguma forma ou se teria agido por omissão e permitido que o padrasto agredisse a criança sem denunciar.

De acordo com outro familiares, Anna Kerolayne morava com a família paterna em Teresina e a mãe foi buscar a criança em janeiro deste ano, para morar em Esperantina.

Anna Kerolayne deu entrada no Hospital Estadual Dr. Júlio Hartman, em Esperantina, no dia 15 de abril, com quadro convulsivo, manchas escuras pelo corpo e clavícula fraturada. Funcionários do hospital desconfiaram da situação e acionaram o Conselho Tutelar, que por sua vez, notificou as autoridades policiais. A criança foi entubada e transferida às pressas para o HUT, em Teresina, vindo a morrer nessa segunda (22.abr).

Após a constatação do óbito, o corpo foi liberado para a família pelo Instituto Médico Legal (IML), ainda na noite de ontem. O velório está sendo realizado na cidade de Teresina.

Para a polícia, não existe mais dúvidas de que Anna Kerolayne foi submetida não apenas a agressões pontuais, físicas, mas a tortura física, sobretudo na região da cabeça.

As investigações sobre o caso seguem em andamento. A Polícia Civil do Piauí tem o prazo de 30 dias, a contar da data da prisão do casal. O inquérito policial será remetido ao Ministério Público, posteriormente. A investigação está sendo conduzida pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis (DEAMGV).


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