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A relação entre UFC e o fim das transmissões de boxe no Brasil

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Antigamente, era bastante comum a exibição de lutas de boxe na TV aberta. Porém, hoje em dia, as emissoras dão espaço para combates de UFC, uma modalidade que tem diversos torcedores brasileiros. Há muito tempo, não apenas no Brasil, especialistas afirmam que o boxe está morrendo:

  • Em 1965, por exemplo, Rocky Marciano afirmou que o esporte tinha chegado ao fim, após um grande evento, entre Muhammad Ali e Sonny Liston;
  • Em 2005, com a aposentadoria de Mike Tyson, novamente o rumor de que o boxe morreu ecoou;
  • Já em 2017, o motivo da suposta decadência foi a vitória do boxeador Floyd Mayweather Jr contra Conor McGregor, que rendeu 1 bilhão de dólares ao atleta.

E finalmente, a mais recente causa mortis do boxe seria o UFC. A grande publicidade do esporte de artes marciais mistas seria a pedra no sapato da tradicional modalidade. A liga de UFC foi fundada em 1993, é bastante jovem, mas cresceu de forma espantosa. Seu presidente, Dana White, diz que a popularidade do UFC pode até mesmo atingir modalidades não vinculadas a lutas, como a NFL (liga esportiva profissional de futebol americano).

Por outro lado, a mídia acredita que quem esteja morrendo, na verdade, seja o UFC. Isso porque Dana anunciou em 2017 que o esporte entraria na área de boxe. O motivo seria a falta de novos profissionais destaque. Segundo a revista Exame, o UFC busca salvação no boxe.

UFC no Brasil

Segundo uma pesquisa feita pelo IBOPE, a popularidade do MMA é a mesma desde 2013, período de auge de vitórias de brasileiros no esporte. Ou seja, apesar de ausência de novos ídolos e recentes escândalos de doping, o UFC permanece estável em questão de audiência.

Em 2013, 39% das pessoas entrevistadas se disseram interessadas em MMA. Na época, sete eventos foram realizados no país, um recorde. Anderson Silva perdia o cinturão, mas José Aldo se sagrava como campeão. Junior Cigano e Vitor Belfort também eram destaques na categoria.

Hoje, a maioria dos grandes nomes do esporte são de outras nacionalidades. Houve pouca renovação no UFC brasileiro. Noticiamos aqui no site que em 2016, 5 brasileiros foram dispensados da liga. Tal fator poderia ter causado uma diminuição do interesse do público, mas parece que os brasileiros realmente mantiveram a torcida pela categoria e suas lutas.

Prova disso é a quantidade de internautas apostando em UFC, nos sites de palpites. O futebol ainda é o maior esporte de apostas, por se tratar da paixão nacional, mas as lutas também recebem destaque. Eventos recebem cobertura ao vivo, para que os torcedores possam atualizar os palpites em tempo real, conforme o andamento do combate.

O mito de fãs mais velhos de boxe

É comum associar o boxe a torcedores de idade mais avançada, mas, segundo análises de audiência, os telespectadores do esporte estão no grupo de 18 a 49 anos. Além disso, mais pessoas assistem boxe do que o concorrente UFC, pelo menos nos Estados Unidos.

Um exemplo foi o campeonato de peso-pena, exibido em dezembro de 2017, pela ESPN. A luta entre Guillermo Rigondeaux e Vasyl Lomachenko foi a segunda maior audiência para um canal a cabo desde 2012. O público da transmissão foi o dobro do UFC no FS1.

Por fim, resta aguardar os próximos campeonatos de UFC e boxe para saber qual das duas modalidades gerará maior interesse dos brasileiros. Sem grandes estrelas brasileiras, é possível que o UFC “saia de moda” nas terras tupiniquins.

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