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Tite utiliza pausa no calendário para planejar futuro da Seleção Brasileira até o Mundial de 2022

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As mudanças no calendário da Conmebol interferiram, de forma direta, no trabalho de Tite na Seleção Brasileira. Sem jogos disputados em março, o treinador está ganhando mais tempo para analisar as convocações mais recentes da equipe. O rendimento ruim no final de 2019, quando o Brasil ficou cinco jogos sem vencer, foi motivo de preocupação e também de oportunidade para novos convocados, como o meia Bruno Guimarães e o atacante Gabigol.

No cronograma original, como mostra a reportagem do jornal O Globo, o Brasil teria disputado duas partidas das Eliminatórias em março, sendo a estreia contra a Bolívia, na Arena Pernambuco, e a segunda rodada contra o Peru, em Lima. Entretanto, com o adiamento de algumas partidas, Tite terá mais tempo para planejar os próximos passos da Seleção.

Tite já havia repensado o próprio trabalho no final de 2019, principalmente pelo rendimento abaixo da média no ano. Apesar do título da Copa América, o Brasil encerrou o ano passado com um aproveitamento de 62,5%, segundo artigo publicado na ESPN Brasil. Foram oito vitórias, seis empates e duas derrotas. O momento mais crítico foi logo após levantar o título continental, quando o rendimento caiu para 33,3% e a equipe de Tite engatou uma sequência de cinco jogos sem vencer.

Os resultados ruins colocaram certa pressão em Tite, e isso trouxe algumas mudanças. A comissão técnica buscou novos nomes para os convocados em 2020. Na lista divulgada no início de março, o treinador trouxe nomes que se destacaram pelo Flamengo na temporada passada, como o atacante Bruno Henrique e o meia Everton Ribeiro. Agora, sem as partidas, o técnico vai poder avaliar ainda mais esses jogadores antes de testá-los.

Aposta para 2022

Antigo titular do Athlético Paranaense, onde foi campeão da Copa do Brasil, Bruno Guimarães falou sobre o futuro na Seleção. Ele afirmou que pode ser um jogador importante para Tite, mesmo com a forte concorrência que existe entre os convocados. Garantiu também que não precisa chegar no Brasil como titular e que está sempre à disposição e pronto para ajudar no objetivo principal.

Esse objetivo, no caso, é o título da Copa do Mundo de 2022, que vai acontecer no Catar. A Seleção Brasileira tem aparecido como uma das mais bem cotadas para a taça, segundo odds no site de aposta esportiva online Betway, e tenta confirmar todo esse favoritismo. No dia 6 de maio, por exemplo, o Brasil aparecia com 15,4% de chance de título, ficando em vantagem contra França e Alemanha, que aparecem logo atrás.

Com mais tempo para pensar nas próximas listas de convocados, Tite deve aproveitar para montar o plano ideal até 2022. A equipe que conquistou a Copa América na temporada passada contava com alguns jogadores de mais idade, como Daniel Alves e Thiago Silva. Por isso, as próximas convocações podem trazer uma grande mudança, algo que não acontece desde que Tite assumiu no lugar de Dunga em 2016. Jogadores mais jovens devem aparecer com mais frequência na lista de convocados.

Companheiros para Neymar

Apesar de abrir espaço para novos jogadores na lista de convocados, o treinador Tite deve manter a equipe trabalhando em torno de Neymar. O atacante do Paris Saint-Germain faz boa temporada na Europa e, mesmo longe da lista dos melhores jogadores do mundo, ainda é uma referência na Seleção. O craque tem mais de 60 gols com a camisa amarela e sonha com um título mundial.

Com 28 anos completados em fevereiro, Neymar vai chegar na Copa do Mundo de 2022 já como veterano. Ou seja, essa pode ser uma das últimas oportunidades que ele terá de levantar a taça. Entretanto, não é impossível imaginar a presença do jogador no Mundial de 2026, que deve acontecer na América do Norte. Resta saber se ele vai continuar jogando em alto nível e se terá bons companheiros ao redor.

Tite tem muita coisa a pensar até o final de 2020, seja em relação às convocações de agora ou então ao planejamento para os próximos dois anos. A Seleção Brasileira sonha com o hexa desde 2006, e os recentes fracassos deixaram os torcedores com o pé atrás. Por isso, a pressão sobre o atual treinador é grande, e apenas bons resultados serão capazes de diminuir isso. Uma pausa para reestruturar a lista de convocados, e também o planejamento, pode servir de bom uso pensando no título em 2022.

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