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Por que jogadores de futebol são proibidos de apostar?

Informação privilegiada e conflito de interesse são alguns dos impeditivos para que jogadores possam apostas

Publicado em

(Foto: Nigel Msipa/Unsplash)

É cada vez mais comum encontrar um amigo ou familiar que tenha contato com sites de apostas. Ainda que proibidas no Brasil, a prática movimenta cerca de 12 bilhões por ano, segundo dados da H2 Gambling Capital, consultora de jogos e apostas que monitora o setor e os valores obtidos em sites como o betway apostas.

Mas há uma parcela da sociedade que não pode apostar: os jogadores do futebol. E a mesma regra se aplica a todos. De Cristiano Ronaldo, astro do Manchester United, ao jogador reserva de um time da segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Ambos estão proibidos de apostar em sites ou mesmo de ter qualquer envolvimento com plataformas desse tipo.

​​O Código de Ética da Fifa não permite que atletas que disputam competições profissionais tenham interesses financeiros em casas de apostas. Federações de futebol pelo mundo também coíbem a prática entre seus atletas. Aqui no Brasil, a CBF também veda a prática entre os atletas profissionais, no sentido de que os atletas (e pessoas de convívio próximo) não apostem e também não instruam outras pessoas no ato de apostar.

Desse modo, jogadores não apenas estão proibidos de fazer apostas, mas também não podem passar nenhuma informação privilegiada que possa ser usada para apostar, incluindo lesões que ainda não são públicas e notícias internas dos clubes. Além disso, se algum jogador estiver apostando indiretamente, por exemplo, fazendo com que familiares ou amigos apostem em seu nome, ele também será multado pelas federações competentes.

Ainda que possa gerar algum tipo de estranhamento, a necessidade de se impedir a atuação de atletas no mercado de apostas é óbvia. A impossibilidade também se estende a árbitros, treinadores e dirigentes, que possuem funções-chave dentro de uma equipe. Tudo isso para evitar fraudes e conflitos de interesse que possam mudar o resultado de um jogo e beneficiar terceiros.

A manipulação de resultados é a capacidade de um jogador usar o que sabe para determinar o resultado de uma partida. Isso é ilegal, não importa em qual esporte ou organização uma pessoa esteja envolvida e tem consequências muito graves. Mesmo que os jogadores ou treinadores pensem que não serão pegos, as chances são muito prováveis.

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Apesar de a Fifa e boa parte das federações nacionais proibirem a prática entre os atletas, jogadores famosos já foram acusados de envolvimento com o mercado de apostas. Campeão do mundo e considerado um dos maiores goleiros do mundo, o italiano Gianluigi Buffon foi investigado em duas oportunidades, em 2006 e 2012, pela justiça italiana sob suspeita de envolvimento com apostas. Foi absolvido nos dois casos.

Mais recentemente, em maio deste ano, a Uefa, entidade máxima do futebol europeu, multou em 50 mil euros (R$ 324 mil) o atacante sueco Zlatan Ibrahimovic, do Milan, como resultado de seu “interesse financeiro em uma empresa de apostas”, anunciou a entidade europeia.

O jogador de 39 anos, com passagens por Juventus, Barcelona e Paris Saint Germain tinha sociedade em uma empresa sueca de apostas, a  Bethard, mas foi obrigado pela justiça a deixar o negócio, uma vez que a prática é contrária às regras da entidade relativas à “integridade dos jogos e competições”.

A instância também sanciona com 25 mil euros (R$ 162 mil) e uma advertência ao clube do jogador por não ter evitado a falta disciplinar do atacante.

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