Brasil
Bolsonaro sanciona lei que fixa limite de empréstimos consignados em 45%
O presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou um trecho da lei, aprovada pelo Congresso Nacional, que aumentou o limite para descontos em folha dos empréstimos consignados contraídos por servidores públicos federais. O texto da matéria altera uma medida provisória e se tornou lei nesta quarta-feira (28/12), após publicação no Diário Oficial da União (DOU).
A lei limita a 45% os descontos automáticos sobre o salário de quem contratar crédito nessa modalidade. Além disso, mantém a autorização de abatimentos em nome de terceiros.
Da margem definida, 5% ficam reservados exclusivamente para amortização de saques e despesas contraídas por meio de cartão de crédito.
Veto presidencial
O trecho que deixa de fazer parte da lei previa a reserva da mesma porcentagem para amortização de saques e dívidas contraídas com uso de cartão de crédito consignado de benefício. Esse tipo de modalidade afeta, principalmente, aposentados e pensionistas.
Na justificativa para o veto, o poder Executivo entendeu que a proposição contraria o interesse público, pois o limite de 5% para pagamento de dívidas com cartão consignado de benefício “promoveria distorções na alocação de crédito na economia nacional, com potencial para aumentar o custo de crédito de operações com livre destinação de recursos”.
Outro ponto listado pelo Ministério da Economia na recomendação para o veto é de que a medida poderia restringir a intenção dos interessados em “acessar linhas de crédito mais convenientes, de acordo com as preferências pessoais”.
Isso, segundo a alegação, “teria o efeito de reduzir o nível de satisfação individual e aumentar a burocracia de operacionalização do programa, com maiores custos ao consumidor final”.
Tramitação
Quando o processo tramitava no Senado, a relatoria considerou que o aumento da margem para desconto em folha dos valores de crédito consignado seria vantajoso, pois a modalidade representa menores riscos para as instituições financeiras.
Em agosto, a medida provisória publicada pelo Executivo havia ampliado a margem de crédito para 40%, mas a Câmara dos Deputados elevou o limite para 45% — decisão mantida pelo Senado.
O limite anterior era de 35%, com 30% exclusivamente para empréstimos com desconto em folha e 5% para o cartão de crédito.
*Com informações das agências Senado
e Câmara de Notícias
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