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As implicações para a seleção brasileira do adiamento dos jogos de março das Eliminatórias Sul-Americanas

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O recente adiamento da 5ª e da 6ª rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022 representou uma frustração tanto para a comissão técnica da seleção brasileira quanto para a imprensa esportiva do país. A razão para isso é que esta era a oportunidade que todos esperavam de ver o Brasil finalmente voltar a enfrentar as duas seleções que muitos acreditam serem as mais fortes do continente depois da Canarinho: a Colômbia – num jogo que aconteceria em 26 de março em Barranquilla – e a Argentina – num jogo que estava marcado para o dia 30 de março, em Recife.

 

 
 
 
 
 
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A força dessas duas seleções pode ser avaliada ao se visitar as chances de conquista da próxima Copa América em um site de palpites de futebol hoje: no dia 7 de março, a Argentina era a principal favorita, visto que o retorno por um título da alviceleste era de 2.75; em seguida vinha o Brasil, com um retorno de 3.30; e, em terceiro, a Colômbia, com um retorno de 6.0. Evidentemente que tais cotações levam em conta não só a qualidade das dez seleções que disputarão o torneio, mas também o fato de que esta próxima edição da Copa América será realizada justamente na Argentina e na Colômbia – caso contrário, era de se esperar que o principal favorito fosse o Brasil.

 

 
 
 
 
 
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De qualquer forma, as cotações apresentadas acima são um bom indício de que a seleção comandada por Tite enfrentará adversários de melhor qualidade nos seus dois primeiros jogos em 2021 do que nos quatro que fez em 2020. E a cada ano que passa isso vem sendo entendido como algo cada vez mais importante, visto que não é de hoje que a seleção brasileira só consegue enfrentar seleções fortes e tradicionais quando disputa algum torneio organizado pela FIFA ou pela CONMEBOL. Afinal, nos amistosos o mais comum é enfrentar seleções um tanto abaixo no ranking da FIFA: no segundo semestre de 2019, por exemplo, a seleção enfrentou Coreia do Sul, Nigéria e Senegal.

Por que é tão difícil para o Brasil enfrentar seleções de alto nível com mais regularidade? Há dois anos, o então coordenador de seleções da CBF, Edu Gaspar, disse que “ninguém quer jogar contra o Brasil, mesmo aqueles que estão com datas livres”. Segundo ele, isso ocorreria devido ao medo de que uma possível derrota de tais seleções frente à Canarinho abalasse a moral de seus jogadores quando fosse o momento de entrar em campo em partidas oficiais. Por outro lado, ao se verificar que os últimos amistosos da seleção brasileira foram realizados em países como Cingapura e Emirados Árabes Unidos, é difícil não dar razão àqueles que dizem que os critérios adotados para a realização dessas partidas são mais comerciais do que técnicos.

Isso não seria um problema tão grande se não fosse algo que foi recentemente observado pelo jornalista Alexandre Lozetti numa entrevista com o atual coordenador de seleções da CBF, Juninho Paulista, para o podcast Sexta Estrela: enquanto as principais seleções europeias enfrentam-se regularmente – seja por Eliminatórias, Eurocopa ou Liga das Nações –, o Brasil só tem a oportunidade de enfrentá-las em competições da FIFA. E isso, por sua vez, é mais um fator que nos ajuda a entender tanto as recentes derrotas da nossa seleção nessas competições quanto as dificuldades cada vez maiores de uma seleção sul-americana conquistar novamente uma Copa do Mundo.

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