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Alimentação saudável pode ser aliada contra o coronavírus

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(Foto: Reprodução/Pixabay)

Uma alimentação equilibrada é um dos pilares para a boa saúde. E os cuidados com ela devem ser redobrados neste período do ano. Não só por conta do clima, que, com o início do outono, está mais seco e frio, mas porque a grande maioria das pessoas vai ficar confinada em casa, devido ao isolamento social que a pandemia causada pelo novo coronavírus impõe.

Com a combinação dessas duas situações, porém, podem surgir problemas como obesidade, ansiedade e baixa no sistema imunológico.

“Neste período de isolamento social, é de suma importância manter uma alimentação saudável, com alimentos naturais, uma dieta com baixa caloria, mas sem grandes restrições, para não haver risco de prejuízos à imunidade. Ainda assim, é recomendável buscar orientação nutricional, para que se façam os devidos ajustes caso a caso”, indica a nutricionista Paula Gomes Aguiar.

Já a médica, terapeuta ayurvédica e professora de ioga Marcela Thiemi lembra que nesta época do ano há um aumento das doenças respiratórias e que alguns alimentos podem ajudar bastante nesse sentido.

“Não existe um alimento específico que auxilia o nosso sistema imune a funcionar melhor. Imunidade é uma construção. Temos alimentos com poder anti-inflamatório e antioxidante como as vitaminas e os minerais, por exemplo, e que agem como combustíveis para as nossas células – entre elas, as de defesa. Se a gente tiver essa alimentação equilibrada, vamos ter um bom sistema imunológico”, esclarece.

Aquela velha máxima de “quanto mais cores no nosso prato, melhor”, sempre vale. Frutas, verduras, legumes, sementes, hortaliças, cereais e oleaginosas – se possível in natura e orgânicos – também são grandes aliados.

Perigos

Por outro lado, é importante evitar os grandes vilões alimentares – e isso não vale apenas para a quarentena. Entre eles, estão os ultra processados e industrializados, como ressalta Marcela.
“Esses alimentos passam por vários processos até chegarem às prateleiras dos supermercados. Adicionam gorduras, açúcares e aditivos químicos para torná-los mais saborosos. Os principais exemplos são biscoitos recheados, os alimentos ricos em farinha refinada como o pão branco, sucos prontos, sorvetes, bolos industrializados, temperos industrializados e macarrão instantâneo”, enumera.

Ansiedade

Ficar dentro de casa durante tempo pode aumentar a ansiedade. E muita gente acaba descontando essa ânsia justamente na comida. A nutricionista Paula Aguiar indica o consumo de chás calmantes, como maracujá, melissa e camomila. “Vale também evitar o consumo excessivo de café, pois ele tem grande concentração de cafeína, que aumenta a ansiedade”, orienta a profissional.

Já a médica, terapeuta ayurvédica e professora de ioga Marcela Thiemi sugere alimentos ricos em triptofano, que é o precursor da produção da serotonina (neurotransmissor que regula o sono, o humor e o apetite). Abacate e leguminosas (feijão e lentilha), além de peixes (salmão e atum) e algumas oleaginosas (amêndoas e pistache) são ricos em triptofano.

Ela ainda enfatiza que outros cuidados devem ser levados em conta na hora de tratar a ansiedade, como atividades físicas e boas horas de sono.

“Temos que entender que, ainda mais neste momento, a alimentação tem a ver também com tudo o que os nossos olhos conseguem ver e com o que a nossa boca coloca pra dentro. É importante a gente evitar esse hiperestímulo, essa enxurrada de fake news, de notícias trágicas. Tudo isso é consumido de certa maneira. Temos que pensar na alimentação de uma maneira global”, analisa.

A ansiedade ainda pode levar a outro problema: o ganho de peso e todas as implicações que isso acarreta. Por isso, Marcela salienta a importância de se praticarem atividades físicas mesmo dentro de casa.

“Tem que entender porque esse ganho de peso ocorreu. É porque a gente está comendo demais e gastando de menos ou porque a gente está comendo a mesma coisa e parou de gastar? Está comendo demais por medo, ansiedade? É fundamental tratar a coisa como um todo. A saúde mental, a física, a alimentação. Uma coisa depende da outra”, resume a médica.

Dicas de alimentação na quarentena
  • Os alimentos naturais são, sempre, nossos maiores aliados. A alimentação deve ser rica em verduras, legumes, frutas, oleaginosas e cereais integrais.
  • Frutas cítricas (laranja, limão, acerola), alimentos ricos em vitamina C e antioxidantes, aumentam a resistência do organismo e auxiliam na imunidade.
  • Temperos e condimentos (gengibre, pimenta, açafrão, alho, cebola) são anti-inflamatórios, antifúngicos, antivirais e antibacterianos;
  • Evite comidas industrializadas, açúcar e excesso de gordura.
  • Muita gente tem sentido vontade de comer doces nesse período por conta da ansiedade e do tempo mais frio. O ideal é substituir por frutas secas (2 unidades por dia) como tâmaras, damasco e ameixa seca. Uma banana picada na frigideira com uma colher de café, óleo de coco e com canela em pó por cima também pode ser uma sugestão.
  • Caso você não resista a um chocolate, prefira os de 70% com cacau ou mais.
  • Não desconte a ansiedade também na bebida alcoólica. O álcool em excesso pode provocar queda da imunidade. É importante ter moderação nesse período.
  • É necessário beber pelo menos 2 litros de água ao dia. Caso faça alguma atividade física em casa, a recomendação é consumir ainda mais.

Fontes: nutricionista Paula Guedes Avelar (@paulinhanutricionista) e médica, terapeuta ayurvédica e professora de yoga Marcela Thiemi (@marcela_thiemi)

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